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Demanda sinaliza melhora e ritmo de contração do setor de serviços do Brasil diminui, segundo PMI

A demanda mostrou sinais de recuperação em fevereiro e o volume de entrada de novos negócios de serviços no Brasil cresceu pela primeira vez em quatro meses, aliviando o ritmo de contração do setor, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada no dia 06/03.

No mês passado, o PMI de serviços subiu a 46,4 de 45,1 em janeiro, permanecendo em território de contração pela 24ª vez seguida. Ainda assim, esse é o nível mais alto desde março de 2015, destacando uma taxa mais lenta de retração.

“(As) empresas continuam a sofrer com a recessão econômica. Entretanto, houve pontos promissores nos últimos números, que indicam que uma estabilização pode estar próxima”, afirmou a economista do IHS Markit, Pollyanna De Lima.

Das seis categorias monitoradas, quatro apresentaram queda no volume de produção, sendo as exceções a de Hotéis e Restaurante e a de Intermediação Financeira.

O resultado do PMI está centrado na melhora da demanda em fevereiro, garantindo o segundo crescimento no volume de novos trabalhos em dois anos –o primeiro desde outubro–, porém ainda de forma modesta.

Ainda assim, as tentativas de reduzir os custos levaram os fornecedores de serviços do Brasil a cortar o número de funcionários pelo 24º mês seguido, com um em cada cinco dos entrevistados relatando redução na folha de pagamento. A única exceção foi o subsetor de Hotéis e Restaurantes.

Em relação à inflação, os custos de combustíveis, eletricidade, papel, material de escritório e remédios foram destacados pelos entrevistados, mas ainda assim a inflação de insumos atingiu o nível mais fraco desde novembro de 2015.

Tentando estimular a demanda, as empresas de serviços reduziram novamente seus preços de venda em fevereiro, mas a taxa de desconto foi considerada apenas marginal.

O nível de confiança no setor de serviços melhorou em relação a janeiro, com quase 50 por cento dos entrevistados esperando aumento da atividade ao longo dos próximos 12 meses, em meio à expectativa de recuperação econômica e estabilidade política no país.

Em 2016, o setor de serviços tombou 5 por cento, no pior resultado da série iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entretanto, a melhora das expectativas levou ao avanço do Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) pelo segundo mês seguido em fevereiro.

O PMI da indústria também mostrou que a contração no setor perdeu força em fevereiro, e com isso o PMI Composto chegou à máxima de 23 meses de 46,6, ante 44,7 em janeiro.

Fonte: Reuters

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