O Seac-RJ prestigiou o Fórum Regional das Empresas de Asseio e Conservação (Foreac), da Região Nordeste, realizado no Hotel Sesc Atalaia, em Aracaju-SE, quinta e sexta-feira (10 e 11 de outubro).
Representaram o Seac-RJ, o presidente Ricardo Garcia, o vice-presidente José Carlos Barbosa e o diretor Cláudio Andreoli Figueiredo.
Dia 11, foi realizada, durante o evento, a 12ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE) – Gestão 2018-2022.
A pauta incluiu a discussão da reforma tributária, liberdade econômica e as mudanças na lei de licitações, dentre outros assuntos.
Mais de 200 representantes de empresas do setor, empresários, autoridades locais e regionais participaram do Foreac, organizado pela Febrac, em parceria com os Sindicatos filiados da região Nordeste. O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas; o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira; o deputado federal Laércio Oliveira, além de deputados estaduais e vereadores também prestigiaram o Foreac.
Durante a abertura, o presidente da Febrac, Renato Fortuna Campos, destacou a preocupação do setor com a carga tributária.
“Nossa preocupação é muito grande com a carga tributária, porque o setor de serviços, que emprega intensivamente a mão de obra, poderia sofrer um aumento de mais de 30% na carga tributária, e isso está nos preocupando muito. Nós já tivemos uma grande vitória que foi a Lei de Terceirização, uma lei que ficamos esperando por mais de 20 anos. Hoje, uma das principais preocupações é a responsabilidade do governo, quanto ao pagamento dos serviços executados, com os atrasos muito grandes para o pagamento”, explicou.
O Foreac contou com palestra do deputado federal, presidente da Fecomércio-SE e ex-presidente da Febrac, Laércio Oliveira, sobre a conjuntura política do Brasil e as medidas que estão sendo tomadas para alavancar o setor de serviços como uma das atividades econômicas que mais geram emprego no país.
“O setor de serviços tem uma importância enorme no PIB sergipano e brasileiro, sendo um dos maiores geradores de emprego do país. Nós temos questões importantes que precisamos fazer o enfrentamento. A reforma tributária, por exemplo. Mas me parece que, no desenho que está sendo feito, a conta a pagar possa recair sobre o setor de serviços. Não existe nenhuma sintonia nesse pensamento que está sendo construído, nos projetos que estão tramitando na Câmara e no Senado. Vai existir uma reação fortíssima do setor de serviços. Há alguns anos, eu fiz a mobilização nacional contra o aumento do PIS e Cofins, queriam transferir uma conta para o setor de serviços. Nós reagimos fortemente e foi suspenso. E agora precisamos retomar esse assunto outra vez. Estamos muito atentos, acompanhando de perto essas questões que podem prejudicar as empresas, para mostrar que temos força. E esse evento aqui é exatamente a continuidade dessas ações que temos empreendido durante todo esse tempo”, disse Laércio Oliveira.
Laércio Oliveira adiantou, ainda, as ações que está tomando para impedir que a PEC 45 prejudique as atividades empresariais do setor.
“Eles estão tramando alguma coisa que vai fazer a conta cair no setor de serviços. Nosso setor tem força, e por isso estamos reinstalando a Frente Parlamentar do Setor de Serviços no Congresso Nacional, para que a gente se fortaleça ainda mais. Capilaridade e força, a gente tem demais, aí está a nossa representação no PIB, mas nos falta união. Nós não queremos aumento de impostos, pois serviços é o setor que mais emprega no Brasil. Formaremos um conselho da Frente de Serviços, para poder defender as empresas e fortalecer os negócios. Somos um dos maiores geradores de empregos do país e devemos ser reconhecidos, não punidos”, afirmou.
O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Contabilidade de São Paulo (Sescon-SP), Jorge Segeti, também fez palestra no evento. Ele destacou que a reforma tributária terá grande impacto no setor de serviços e que a PEC 45 poderá provocar danos ao exercício da atividade no país. Segeti informou que está trabalhando com Laércio Oliveira para fazer as modificações necessárias na PEC, a fim de evitar que mais de 3 milhões de trabalhadores tenham seus empregos colocados em risco.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação de Sergipe (Seac-SE), Fábio Andrade, o ambiente de negócios para as empresas do setor de serviços tem melhorado, mas ainda há lutas importantes em defesa do setor, das empresas e dos trabalhadores.
“Somente com a luta em favor da classe, poderemos elevar nossos negócios e ampliar a geração de oportunidades de emprego para as pessoas. Hoje temos segurança jurídica para trabalhar, fruto do trabalho de Laércio Oliveira, com a Lei da Terceirização, que regulamentou em definitivo as nossas atividades. Outras conquistas já foram alcançadas e temos muito mais para lutar e buscar novas conquistas. O setor de serviços é o que mais gera emprego no estado e isso mudou, depois que a terceirização foi regulamentada. Estamos crescendo nossas operações, gerando cada dia mais empregos. Em Sergipe são 25 mil trabalhadores que dependem das empresas de terceirização e quanto mais levarmos oportunidades para crescer os negócios, mais empregos geraremos”, salientou Andrade.
O Foreac contou, ainda, com outras palestras direcionadas aos empresários e foruns de discussões.
Fonte: Jornalista Márcio Rocha – Fecomercio-SE
Veja a cobertura do evento feita pela TV Sergipe – Afiliada da TV Globo