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Setor de serviços tem o pior agosto da série histórica, aponta IBGE

O volume de serviços prestados no país recuou 1% em agosto, frente ao mês anterior, pela série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é a maior para meses de agosto em comparação a julho desde início da série em 2012.

Foi o segundo mês consecutivo de retração do setor. Em julho, o setor havia recuado 0,8%.

Conforme a pesquisa do IBGE, o volume de serviços diminuiu 2,4% na comparação a agosto de 2016. Essa queda havia sido mais intensa em julho, quando havia recuado 3,2%.

No acumulado em 12 meses, o setor registrou baixa de 4,5% no volume. Nos oito primeiros meses do ano, a baixa foi de 3,8% frente ao mesmo período de 2016.

A receita nominal (sem descontar a inflação) do setor, por sua vez, recuou 0,6% em agosto, frente ao mês imediatamente anterior, após o ajuste sazonal. Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 2%.

Outros setores da economia também apresentaram queda em agosto, conforme divulgado pelo IBGE nos últimos dias. A produção da indústria recuou 0,8% frente a julho. As vendas do varejo caíram 0,5% na mesma comparação.

Segmentos
Após quatro meses de alta, o segmento de serviços prestados às famílias teve forte queda, de 4,8% em volume em agosto, na comparação com o mês anterior. Foi a maior baixa da atividade desde maio de 2016, quando houve recuo de 5,1%.

Segundo Roberto Saldanha, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, o resultado dos serviços prestados às famílias foi pontual, apesar da intensidade. Ele diz que o segmento havia crescido atipicamente em julho, gerando uma base maior de comparação para agosto.

“O mês de agosto foi fraco para serviços prestados às famílias, sobretudo alojamento e alimentação fora de casa. O desempenho da atividade foi de queda generalizada pelas unidades da federação. Se observarmos a série para trás, não havia um crescimento como o que tinha sido acumulado nos últimos meses”, disse Saldanha.

Para ele, o fim do efeito da liberação das contas inativas do FGTS não seria responsável pelo resultado. “Ele não traria essa retração”, afirmou.

Por outro lado, outras atividades de serviços tiveram desempenho positivos, como serviços profissionais, administrativos e complementares (1,6%), outros serviços (1,0%), transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,7%) e serviços de informação e comunicação (0,3%).

Saldanha frisa que o desempenho do volume de serviços no país, que recuou 1% em agosto frente a julho, não foi afetado somente pelos serviços prestados às famílias. “Dentro da atividade de Transportes, por exemplo, o segmento terrestre recuou 1,1%. E isso também afeta o resultado geral do setor”, disse.

Fonte: Valor Econômico

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