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Serviços têm a maior contração em 9 meses

A atividade do setor de serviços apresentou em novembro a maior contração em nove meses, puxado pela baixa demanda por negócios e forte queda de clientes, o que derrubou a confiança dos empresários, de acordo com a pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O IHS Markit, divulgado ontem, apontou que o PMI do setor de serviços brasileiro recuou a 46,9 em novembro contra 48,8 em outubro, a segunda retração mensal consecutiva, “Os entrevistados citaram o ambiente operacional difícil, a perda de clientes existentes e as inadimplências por parte dos clientes como causas”, explicou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima, lembrando que a marca dos 50 pontos é que o separa crescimento de contração dos negócios dentro do segmento.

De acordo com a Pollyanna, entre os segmentos com maior contração descatam-se Transporte e Armazenamento, Serviços ao Consumidor, e Serviços Imobiliários e Empresariais.

Pedra no sapato
Entre os fatores que ainda estão tirando o sono dos empresários, a escassez de crédito, a pressão do custo dos insumos, além da demanda reprimida, foram responsáveis pelo baixo o otimismo dos empresários, que chegou ao menor nível desde o início de 2016.

Segundo o estudo, a atividade do setor encolheu apesar do pequeno aumento na entrada de novos negócios, revertendo a redução registrada em outubro, em função, principalmente, da guerra de preços adotada pelas empresas.

Os preços cobrados, inclusive, ficaram em novembro basicamente inalterados, após três meses de descontos. Enquanto algumas empresas aumentaram os preços tentando dividir as cargas adicionais de custos com os clientes, outras fizeram reduções em meio a taxas de juros em queda e pressões competitivas.

Por outro lado, os custos de insumos continuaram a aumentar no mês, pressionados por combustíveis, energia e materiais importados, ainda que a inflação no País continue abaixo dos 4%.

De acordo com o PMI, na ânsia de aliviar a pressão sobre as margens de lucros, os fornecedores de serviços voltaram a reduzir a força de trabalho, numa sequência que já dura quase três anos, no ritmo mais forte desde agosto, fator que vai na contramão da indústria, que vem apresentado, mês a mês leves sinais de melhora.

“A conjuntura positiva vista na indústria deve ser mantida para o ano novo, por outro lado, as empresas de serviços ainda vão precisar esperar uma melhora da demanda para se manterem ocupadas”, comentou, por meio de comunicado ao mercado, a economista do IHS Markit.

Fonte: DCI

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