A inadimplência do Estado do Rio e do Governo Federal em relação a pagamentos de contratos com empresas do setor de asseio e conservação foi, mais uma vez, destaque na mídia. Nesta terça, dia 17, o diretor superintendente do Seac-RJ, José de Alencar, concedeu entrevista ao vivo para o jornal Bom Dia Rio, da TV Globo.
Alencar falou da situação atual das empresas que não recebem o pagamento de seus contratos com órgãos públicos.
“As empresas estão endividadas, sem receber a contra-prestação de seus serviços há vários meses, desde 2014, e já esgotaram a capacidade de honrar seus compromissos. São encargos, salários, carga tributária, insumos e materiais de limpeza. Essas empresas vêm trabalhando sem receber o pagamento pelo serviço prestado”, afirmou.
Sobre a possibilidade de as empresas deixarem de pagar salários aos trabalhadores, o diretor destacou: “A última coisa que o empresário quer é deixar de pagar o trabalhador, mas chega um momento que nem o banco empresta mais dinheiro. As empresas estão vivendo um caos e é importante que isso seja sinalizado”.
PLANO DE GESTÃO – Na entrevista, Alencar também comentou o posicionamento do Estado e do Governo Federal ao assumirem as dívidas com o setor de prestação de serviços, mas alertou que sem um plano de gestão, não há solução para o problema.
“Em vez de trocar de empresa, é necessário fazer um plano de gestão, pagando a atual fatura e até parcelando o restante da dívida com as empresas para quitar o saldo devedor. As empresas são parceiras, estão sem receber há quatro, cinco meses e continuam prestando os serviços, pagando os funcionários. Houve recentemente casos isolados, até porque o banco já não emprestava mais dinheiro para a empresa”, declarou.
JUROS – Outro problema apontado pelo diretor superintendente do Seac-RJ é que após pegar empréstimos com bancos, as empresas não são ressarcidas dos juros. “Quando a empresa recebe o pagamento da universidade, não é o dinheiro capitalizado”, lembrou.
O Ministério da Educação informou que vai liberar 1/12 para o pagamento das despesas das universidades.
Ainda na matéria veiculada sobre o retorno das aulas das universidades federais do Rio, foi veiculada a decisão do Seac-RJ de entrar com representação no Ministério Público Estadual e Federal.
