Após dois anos de queda, a economia brasileira voltou a crescer. O índice do Banco Central que mede a atividade do país (IBC-BR) mostrou que a expansão foi de 1,04% em 2017.
O dado é considerado uma prévia do PIB. O número oficial do comportamento do Produto Interno Bruto deve ser divulgado apenas no mês que vem pelo IBGE. Em 2015 e em 2016 o PIB caiu 3,5% e 3,6%, respectivamente. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é que o órgão confirme um crescimento de 1,01% no mês que vem.
No último trimestre do ano, a expansão da atividade foi de 1,26%. Sendo que, em dezembro, ficou em 1,41%.
A expectativa dos analistas é que o Brasil acelere o crescimento daqui para frente. A aposta é que a alta seja de 2,8% neste ano e 3% em 2019. Mesmo com esse crescimento acelerado, o país ainda não voltará ao mesmo nível de antes da crise.
Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Banco Goldman Sachs, disse que os resultados divulgados nesta manhã de segunda-feira surpreenderam positivamente e chamou os desempenhos de dezembro e do quartro trimestre de robustos, o que aponta para uma alta “respeitável” de 1% no primeiro trimestre de 2018 e de 2,3% no fechado do ano.
Desde julho de 2013, o auge da economia brasileira, segundo os dados do BC, o tombo foi de 10,3%. O IBC-Br chegou a 152,13 pontos naquela época. Mesmo com o início da recuperação, o índice ainda está em 136,47, o mesmo patamar que vigorou na média de 2010.
ICB-Br
O IBC-Br foi criado pelo BC para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses. Tanto o IBC-Br quanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia.
O indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).
Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.
Fonte: O Globo