A dívida que o Estado do Rio de Janeiro mantém com empresas prestadoras de serviços ganhou visibilidade com a greve dos funcionários que faziam a limpeza da Uerj. A situação, no entanto, está longe de se restringir à universidade e pode afetar o fornecimento de serviços essenciais, como segurança e saúde. De acordo com o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio de Janeiro (Seac – RJ), a inadimplência ultrapassa o valor de R$ 250 milhões e atinge, pelo menos, 40 empresas. O calote pode resultar na demissão de 30 mil trabalhadores já neste mês.
Sem receber há sete meses do Estado, as empresas encontram dificuldades para pagar os funcionários e arcar com despesas como a compra de insumos para os serviços de limpeza e fornecimento de alimentação dos hospitais, por exemplo. O Sindicato e a Associação das Empresas Prestadoras de Serviços do Estado do Rio (Aeps – RJ) tentam uma reunião urgente com o Governo do Estado para solucionar o problema, sem precisar recorrer à paralisação do serviço ou demissões.