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Serviços devem encolher 1,3% no ano

Com perdas estimadas em R$ 2,2 bilhões em maio, o setor de serviços sentiu um tombo de 3,8% no volume de negócios ante a abril. Ainda calculando os efeitos posteriores dessa queda, o setor deve encerrar este ano com uma retração na casa dos 1,3%.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no quinto mês do ano todos os segmentos avaliados recuaram, em um reflexo da paralisação dos caminhoneiros que se deu nos últimos 10 dias de maio.

Os serviços prestados às famílias recuaram 0,3% em maio ante abril; os serviços profissionais e administrativos caíram 1,3%; transportes e correio despencaram 9,5%; o segmento de outros serviços teve redução de 2,7%; e os serviços de informação e comunicação foi de -0,4%.

“Se ao final do ano tivermos uma taxa positiva no setor de serviços, ela poderia ter sido mais positiva se não fosse a greve de caminhoneiros. Se a taxa for negativa, ela poderia ter sido menos negativa” , frisou o gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Rodrigo Lobo.

“Mercadorias que não foram escoadas naquele período não serão mais. Elas eram necessárias naquele momento, agora não são mais. Produtos perecíveis se perderam. Aquele frete que você vai fazer agora não é aquele que você teria feito em outro período, aquele se perdeu”, lamenta.

Momento delicado
Diante deste cenário de retração generalizada, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a estimativa de retração do setor para o ano, que foi de -0,9% para -1,3%.

“Essa foi a maior queda no indicador desde o início dos comparativos mensais em 2011”, comentou o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.

De acordo com ele, para além dos problemas econômicos, o cenário político também causa preocupação. “O fraco nível da atividade econômica interna e a carência de investimentos decorrentes das incertezas relacionadas ao quadro político de 2018 se apresentam como obstáculos à recuperação das atividades”, completa.

Na comparação com maio do ano anterior, houve redução também de 3,8% em maio deste ano, já descontado o efeito da inflação.

Fonte: DCI

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